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A verdade sobre o Natal

Os ateus gostam de criticar os cristãos por comemorarem o nascimento de Cristo em uma data pagã de adoração ao deus Sol, como se isso provasse que Jesus não existiu (embora existam fontes extra-bíblicas que comprovem a Sua existência, como já abordamos aqui). É verdade que o natal tem origem pagã, porém, para os cristãos, obviamente, não representa adoração ao deus Sol, e sim a Jesus (embora os cristãos não devessem comemorar essa data, como veremos adiante). O importante é compreender que essa acusação ateísta simplesmente é irrelevante para o teísmo cristão, visto que a Bíblia em momento algum diz que Jesus nasceu em 25 de dezembro.

O NATAL VEIO DO PAGANISMO
Enciclopédia Católica (edição de 1911):
“A festa do Natal não estava incluída entre as primeiras festividades da Igreja… os primeiros indícios dela são provenientes do Egito… os costumes pagãos relacionados com o princípio do ano se concentravam na festa do Natal”.
Orígenes, um dos chamados pais da Igreja (ver mesma enciclopédia acima):
“… não vemos nas Escrituras ninguém que haja celebrado uma festa ou celebrado um grande banquete no dia do seu natalício. Somente os pecadores (como Faraó e Herodes) celebraram com grande regozijo o dia em que nasceram neste mundo”.
Autoridades históricas demonstram que, durante os primeiros 3 séculos da nossa era, os cristãos não celebraram o Natal. Esta festa só começou a ser introduzida após o início da formação daquele sistema que hoje é conhecido como Igreja Romana (isto é, no século 4o). Somente no século 5o foi oficialmente ordenado que o Natal fosse observado para sempre, como festa cristã, no mesmo dia da secular festividade romana em honra ao nascimento do deus Sol, já que não se conhecia a data exata do nascimento de Cristo.

A VERDADEIRA ORIGEM DO NATAL
O Natal é uma das principais tradições do sistema corrupto chamado Babilônia, fundado por Ninrode, neto de Cam, filho de Noé. O nome Ninrode se deriva da palavra “marad”, que significa “rebelar”. Ninrode foi poderoso caçador CONTRA Deus (Gn 10:9).
A verdadeira origem do Natal está na antiga Babilônia. Está envolvida na apostasia organizada que tem mantido o mundo no engano desde há muitos séculos! No Egito sempre se creu que o filho de Ísis (nome egípcio da “rainha do céu”) nasceu em 25 de dezembro. Os pagãos em todo o mundo conhecido já celebravam esta data séculos antes do nascimento de Cristo.
Ninrode era tão pervertido que, segundo escritos, casou-se com sua própria mãe, cujo nome era Semiramis. Depois de prematuramente morto, sua mãe-esposa propagou a perversa doutrina da reencarnação de Ninrode em seu filho Tamuz. Ela declarou que, em cada aniversário de seu natal (nascimento), Ninrode desejaria presentes em uma árvore. A data de seu nascimento era 25 de dezembro. Aqui está a verdadeira origem da árvore de Natal.
Jesus, o verdadeiro Messias, não nasceu em 25 de dezembro. Os apóstolos e a igreja primitiva jamais celebraram o natalício de Cristo. Nem nessa data nem em nenhuma outra. Não existe na Bíblia ordem nem instrução alguma para fazê-lo. Porém, existe, sim, a ordem de atentarmos bem e lembrarmos sempre a Sua MORTE (1 Coríntios 11:24-26).

JESUS NÃO NASCEU EM 25 DE DEZEMBRO
Quando Ele nasceu “… havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho.”  (Lucas 2:8). Isto jamais pôde acontecer na Judéia durante o mês de dezembro: os pastores tiravam seus rebanhos dos campos em meados de outubro e [ainda mais à noite] os abrigavam para protegê-los do inverno que se aproximava, tempo frio e de muitas chuvas (Adam Clark Commentary, vol. 5, página 370). A Bíblia mesmo prova, em Cant 2:1 e Esd 10:9,13, que o inverno era época de chuvas, o que tornava impossível a permanência dos pastores com seus rebanhos durante as frígidas noite, no campo. É também pouco provável que um recenseamento fosse convocado para a época de chuvas e frio (Lucas 2:1).

AFINAL, A BÍBLIA MOSTRA QUANDO NASCEU JESUS?
Jesus Cristo nasceu na festa dos Tabernáculos, a qual acontecia a cada ano, no final do 7º mês (Iterem) do calendário judaico, que corresponde [mais ou menos, pois o calendário deles é lunar-solar, o nosso é solar] ao mês de setembro do nosso calendário. A festa dos Tabernáculos (ou das Cabanas) significava Deus habitando com o Seu povo. Foi instituída por Deus como memorial, para que o povo de Israel se lembrasse dos dias de peregrinação pelo deserto, dias em que o Senhor habitou no Tabernáculo no meio de Seu povo (Lev 23:39-44; Nee 8:13-18 ).
Em João 1:14 (“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”)vemos que o Verbo (Cristo) habitou entre nós. Esta palavra no grego é skenoo = tabernáculo. Devemos ler “E o Verbo se fez carne, e TABERNACULOU entre nós, e…”. A festa dos Tabernáculos cumpriu-se em Jesus Cristo, o Emanuel (Isaías 7:14)  que significa “Deus conosco”. Em Cristo se cumpriu não apenas a festa dos Tabernáculos, mas também a festa da Páscoa, na Sua morte  (Mateus 26:2; 1 Coríntio 5:7), e a festa do Pentecostes, quando Cristo imergiu dentro do Espírito Santo a todos os que haveriam de ser salvos na dispensação da igreja (Atos 2:1).
Vejamos nas Escrituras alguns detalhes que nos ajudarão a situar cronologicamente o nascimento de Jesus:
  • Os levitas eram divididos em 24 turnos e cada turno ministrava por 1/24 = 15 dias, 2 vezes ao ano. Os números estão arredondados, pois 24 turnos x 15 dias = 360 dias =/= 365,2422 dias = 1 ano. Durante os sábados especiais, todos os turnos ministravam juntamente; 1Cr 24:1-19.
  • O oitavo turno pertencia a Abias (1Cr 24:10).
  • O primeiro turno iniciava-se com o primeiro mês do ano judaico – mês de Abibe. Êxo 12:1-2; 13:4; Deut 16:1; Ex 13:4.
  • Usualmente havia 12 meses, alguns deles com 29 dias, outros com 30 dias, totalizando apenas 12 x 29,5 = 354 dias, ficando faltando 11,2422 dias para o ano solar. A cada 3 ou anos a distorção entre este calendário e o solar era corrigida através da introdução do mês de Adar II.
Temos a seguinte correspondência:
meses em hebraico
Zacarias, pai de João Batista, era sacerdote e ministrava no templo durante o “turno de Abias” (Tamuz, i.é, junho / julho) (Lucas 1:5,8,9).
Terminado o seu turno voltou para casa e (conforme a promessa que Deus lhe fez) sua esposa Isabel, que era estéril, concebeu João Batista (Lucas 1:23-24) no final do mês Tamus (junho / julho) ou início do mês Abe (julho / agosto).
Jesus foi concebido 6 meses depois (Luc 1:24-38), no fim de Tebete (dezembro / janeiro) ou início de Sebate (janeiro / fevereiro).
Nove meses depois, no final de Etenim (que cai em setembro e/ou outubro), mês em que os judeus comemoravam a Festa dos Tabernáculos, Deus veio habitar, veio tabernacular conosco. Nasceu Jesus, o Emanuel (“Deus conosco”).

UM “NATAL CORRIGIDAMENTE CRISTÃO”  PODERIA REALMENTE HONRAR A CRISTO?
Como já vimos, o Natal realmente teve origem pagã (apenar de isso ser totalmente irrelevante para os cristãos, pois a Bíblia não diz que Cristo nasceu em 25 de dezembro). Porém, há pessoas que insistem em observar o Natal para honrarem a Jesus Cristo, mesmo sendo uma data pagã de adoração ao deus sol. Mas Deus diz:
“Guarda-te, que não te enlaces seguindo-as, …; e que não perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: ‘Assim como serviram estas nações os seus deuses, do mesmo modo também farei eu.’    Assim não farás ao SENHOR teu Deus; porque tudo o que é abominável ao SENHOR, e que Ele odeia, fizeram eles a seus deuses; …”.  (Deuteronômio 12:30-31)
“Assim diz o SENHOR: ‘Não aprendais o caminho dos gentios, …    Porque os costumes dos povos são vaidade; …'” (Jeremias 10:2-3).
Deus disse-nos claramente que não aceitará este tipo de adoração: ainda que tenha hoje a intenção de honrá-Lo, teve origem pagã e, como tal, é abominável e honra não a Ele mas sim aos falsos deuses pagãos.
Deus não quer que O honremos “como nos orienta a nossa própria consciência”:
“Deus é Espírito; e importa que os que O adoram O adorem em espírito e em verdade”. (Joã 4.24).
O que é a verdade? Jesus disse que a Sua palavra, a Bíblia, é a verdade (João 17:17).  E a Bíblia diz que Deus não aceitará o culto de pessoas que, querendo honrar a Cristo, adotem um costume pagão:
“Mas em vão me adoram, ensinando doutrina que são preceitos dos homens.” (Mateus 15:9).
A comemoração do Natal é um mandamento (uma tradição) de homens e isto não agrada a Deus.
“E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus” (Mateus 15:6).
“Assim não farás ao SENHOR teu Deus; porque tudo o que é abominável ao SENHOR, e que ele odeia, fizeram eles a seus deuses…”  (Deuteronômio 12:31)
Não podemos honrar e agradar a Deus com elementos de celebrações pagãs!

Fontes:

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