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Apocalipse: Um Livro Sobre o Passado.

“Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo”. (Apocalipse 22.10)
A maior parte dos eventos profetizados no Apocalipse se cumpriu no primeiro século. Somente a partir da segunda metade do capítulo 20 é que o livro narra eventos que ainda são futuros a nós. A primeira vista, essa perspectiva soa como algo praticamente impossível de ser aceito pela maior parte dos cristãos de nosso tempo. Mas as primeiras palavras do livro não podem ser ignoradas: “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo”. (Ap 1.1) Tais palavras precisam ser levadas mais a sério. As coisas que deveriam acontecer eram futuras em relação ao tempo em que o livro foi escrito. Mas elas se cumpriram brevemente, como diz o verso. Para nós que vivemos no século 21, são coisas que ficaram no passado.
Alguns poderão argumentar que a perspectiva de tempo neste verso não é uma perspectiva humana, mas a perspectiva de Deus. Neste caso, quando o texto diz “brevemente”, isso seria sob uma perspectiva temporal de Deus. De fato, a Bíblia ensina que “um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia”. (II Pd 3.8) Isto significa que aquilo que parece ser um longo intervalo de tempo para os homens, é insignificante para Deus. Sendo assim, por que não poderíamos considerar que quando o Apocalipse diz que se cumpriria brevemente, estaria falando dentro de uma perspectiva temporal de Deus – o que para nós humanos seriam equivalente a muitos séculos?
Evidências no próprio Apocalipse anulam essa possibilidade e demonstram que a perspectiva de tempo neste verso seja uma perspectiva humana e não Divina. No final do Apocalipse, o anjo avisa a João: “Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo”. (Ap 22.10) Tais palavras claramente remetem ao que havia sido dito ao profeta Daniel séculos antes: “E a visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira. Tu, porém, sela a visão, porque se refere a dias mui distantes”. (Dn 8.26) Por três vezes, Daniel recebeu a ordem de “selar a visão” . O motivo é que tais profecias se referiam coisas que iriam se cumprir somente em “dias muito distantes”. De fato, tais profecias só vieram a se cumprir muitos séculos depois. Mas a ordem dada a João foi exatamente o contrário, “não seles”. E a explicação foi que “próximo está o tempo” – o contrário do que havia sido dito a Daniel. Isto deixa claro que a mensagem central do Apocalipse não pode se referir a “dias muito distantes” – séculos depois – como foi o caso de Daniel. Se o cumprimento do Apocalipse fosse demorar muitos séculos, João teria recebido a mesma ordem que Daniel e não uma ordem exatamente contrária.
Mas o Apocalipse não é um livro sobre os últimos dias? Não revela os acontecimentos dos últimos tempos? Não há dúvidas de que o Apocalipse seja um livro sobre últimos tempos. Mas, diferente do que muitos pensam, quando o Novo Testamento menciona os “últimos tempos”, “últimos dias” e termos parecidos, elas estão se referindo a toda a história do mundo a partir da primeira vinda de Jesus Cristo e não somente aos últimos momentos da história antes de sua Segunda Vinda. Há evidência clara disso por todo Novo Testamento. O fato de não poucos cristãos acreditarem que os “últimos tempos” e “últimos dias” são referências aos últimos momentos da história antes de sua Segunda Vinda é uma evidência do quanto o conhecimento bíblico precisa ser mais valorizado.
Nos Atos dos Apóstolos diz: “Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão”. (At 2.14-18) Pedro menciona que Joel havia profetizado a efusão do Espírito para acontecer nos últimos dias e isso estava se cumprindo naquele momento. Portanto, devemos entender já no tempo dos apóstolos os últimos dias haviam chegado.
O mesmo Apóstolo diz em sua epístola: “… sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo, o qual, na verdade, foi conhecido ainda antes da fundação do mundo, mas manifesto no fim dos tempos por amor de vós”. (I Pd 1.18-20) Aqui Pedro lembra aos cristãos que eles foram salvos não por dinheiro, mas pelo sacrifício expiatório de Jesus Cristo. E ele deixa claro que isso aconteceu nofim dos tempos.
Em sua epístola aos Coríntios, Paulo escreveu: “tudo isto lhes acontecia como exemplo, e foi escrito para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos”. (I Co 10.11) Paulo menciona que ele e seus contemporâneos haviam chegado aos fins dos séculos. Ele não poderia estar falando dos últimos momentos da História do mundo, logo antes da vinda de Jesus Cristo porque ele escreveu isso há mais de vinte séculos.
Em sua carta a Timóteo, ele escreve: “Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta- te também desses. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; sempre aprendendo, mas nunca podendo chegar ao pleno conhecimento da verdade”. (II Tm 3.1-7) Aquilo que Paulo diz que viria nos últimos dias, era o que já havia começado a acontecendo em seu próprio tempo. Pois ele se refere aos homens que ele disse que viria nos últimos tempos como já estando ativo e justamente por isso manda que Timóteo se afaste deles.
Quando o Novo Testamento fala nos “últimos tempos”, nos “últimos dias” e termos parecidos, a premissa é que a História da Humanidade está centralizada na pessoa de Jesus Cristo. Vemos isso claramente em Isaías:
“Mas a terra, que foi angustiada, não será entenebrecida; envileceu nos primeiros tempos, a terra de Zebulom, e a terra de Naftali; mas nos últimos tempos a enobreceu junto ao caminho do mar, além do Jordão, na Galiléia das nações. O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz… Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto”. (Isaías 9.1-2,6-7)
Mateus narra o cumprimento:
“E, deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zebulom e Naftali; Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías, que diz: A terra de Zebulom, e a terra de Naftali, Junto ao caminho do mar, além do Jordão, A Galiléia das nações; O povo, que estava assentado em trevas, Viu uma grande luz; E, aos que estavam assentados na região e sombra da morte, A luz raiou. Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus”. (Mateus 4.13-17)
Quando Isaías menciona os primeiros tempos, está se referindo a toda a História antes da vinda de Jesus Cristo. Quando menciona os últimos tempos está uma referência toda a História depois da vinda de Jesus Cristo. Por isso, textos que se refém aos últimos tempos ou últimos dias não podem ser tomados como se referindo necessariamente aos últimos momentos antes da Segunda Vinda.
O maior motivo pelo qual muitos pensam que os últimos tenha que significar os últimos momentos da história logo antes de Segunda Vinda de Cristo é que a palavra “dias” pode dar a impressão de um período curto de tempo. Mas o uso da palavra pela própria Bíblia mostra que ela não precisa necessariamente indicar um período curto, mas pode se referir a um período com até mesmo séculos de duração. Vemos isso já nos primeiros capítulos de Gênesis: “E foram todos os dias que Adão viveu novecentos e trinta anos, e morreu”. (Genesis 5:5) Todos que são citados na genealogia de Gênesis 5 viveram durante séculos. E a palavra dias – no hebraico יום – yom – é usada pra se referir a este longo período de tempo.
A mensagem central do Apocalipse não é sobre os últimos momentos da história, mas é sobre o significado e as implicações do fim do Antigo Pacto estabelecido por Moisés e o estabelecimento do Novo Pacto por Jesus Cristo no primeiro século. A transição entre o Antigo e o Novo Pacto durou quarenta anos – o mesmo tempo de duração entre a saída de Israel do Egito e a chegada da nação terra prometida. A transição estava consumada no primeiro século – em 70 AD – quarenta anos depois do inicio do ministério público de Jesus Cristo em seu batismo. A maioria das visões se cumpriu neste período de transição e usam eventos relacionados ao estabelecimento do Antigo Pacto como base pra explicar o significado de acontecimentos relacionados neste período de transição.
O fato é que os destinatários originais do Apocalipse foram “às sete igrejas que estão na Ásia” (Ap 1.4). O livro não poderia ser sobre acontecimentos sem qualquer relação direta com eles. Muitos entendem que as visões do Apocalipse apontam para eventos quase exclusivamente futuros e cujo cumprimento em muito lembra aquilo que costumamos ver nos filmes de ficção científica. Mas a preocupação primária do Apocalipse é tratar dos conflitos que estavam acontecendo já no primeiro século, problemas enfrentados por aqueles a quem o livro foi dirigido, as tribulações que passariam aqueles que viveram no período de transição entre os dois pactos. O Apocalipse fala de questões diretamente relevantes e não de coisas que eles não nunca seriam capazes de entender porque somente se cumpririam séculos depois.
A maioria dos cristãos que vivem no Ocidente do século XXI, não tem condições de sequer começar a imaginar o que realmente significa ser perseguido por ser cristão. A maioria de nós tem a completa liberdade de professar nossa fé, ir às nossas igrejas, estudar, trabalhar, fazer compras, casar, ter filhos, ir onde quisermos e comer o que mais agrada nosso paladar. Nossas vidas não estão sempre em risco pelo mero fato de sermos cristãos. Devemos ser infinitamente gratos a Deus por isso. Devemos reconhecer que isto é a resposta muitas orações daqueles que vieram antes de nós e que tantas vezes não tiveram o mesmo privilegio: “Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens, pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e sossegada, em toda a piedade e honestidade”. (I Tm 2.1-2)
A Igreja Primitiva não teve o mesmo privilégio. Tiveram que enfrentar dois inimigos principais: o Império Romano e os líderes de Israel. O próprio Jesus foi crucificado em uma aliança entre Roma e Jerusalém. Não muito depois, Pedro e João foram presos porque curaram um enfermo e pregaram no templo . Estevão morreu apedrejado . Todos os cristãos que havia em Jerusalém, com exceção dos apóstolos, tiveram que fugir por causa das perseguições . Antes de sua conversão, Paulo assolava a igreja a ponto de entrar até mesmo nas casas das pessoas pra leva-los arrastados para as prisões . Aos Tessaloniscenses, Paulo descreveu a situação dos cristãos não só em Israel, mas também em diversos lugares do Império: “Pois vós, irmãos, vos haveis feito imitadores das igrejas de Deus em Cristo Jesus que estão na Judéia; porque também padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que elas padeceram dos judeus”. (I Ts 2.14)
Foi para esta geração que o Apocalipse foi escrito. Pra consolar os primeiros cristãos em meio a tantas perseguições que eram obrigados a sofrer por todo Império. O historiador romano Tácito descreveu o que tantos de nossos irmãos eram obrigados a enfrentar:
… Mas nem todo o socorro que uma pessoa poderia ter prestado, nem todas as recompensas que um príncipe poderia ter dado, nem todos os sacrifícios que puderam ser feitos aos deuses, permitiram que Nero se visse livre da infâmia da suspeita de ter ordenado o grande incêndio, o incêndio de Roma. De modo que, para acabar com os rumores, acusou falsamente as pessoas comumente chamadas de cristãs, que eram odiadas por suas atrocidades, e as puniu com as mais terríveis torturas. Cristo, o que deu origem ao nome cristão, foi condenado à extrema punição por Pôncio Pilatos, durante o reinado de Tibério; mas, reprimida por algum tempo, a superstição perniciosa irrompeu novamente, não apenas em toda a Judéia, onde o problema teve início, mas também em toda a cidade de Roma, onde conflui e se celebra quanto de atroz e vergonhoso houver por onde quer. Assim, começou-se por deter os que confessavam a sua fé; depois pelas indicações que estes deram, toda uma ingente multidão ficou convicta, não tanto do crime de incêndio, quanto de ódio ao gênero humano. A sua execução era acompanhada por escárnios, e assim uns, cobertos de peles de animais, eram rasgados pelos dentes dos cães; outros, cravados em cruzes eram queimados ao cair o dia como se fossem luminárias noturnas. Para este espetáculo, Nero cedera os seus próprios jardins e celebrou uns jogos no circo, misturado em vestimenta de auriga entre a plebe ou guiando ele próprio o seu carro. Daí que, ainda castigando os culpáveis e merecedores dos últimos suplícios, tinham-lhes lástima, pois acreditavam que o castigo não era por utilidade pública, mas para satisfazer a crueldade dele próprio.
A maior parte dos eventos profetizados pelo Apocalipse se refere aos dois principais inimigos que da Igreja: o Império Romano e os líderes de Israel. O Apocalipse foi escrito pra lembra-los que mesmo em meio a tanto sofrimento, Jesus Cristo é o verdadeiro “Soberano dos reis da terra” (Ap 1.5), o Messias que veio cumprir as palavras dos antigos profetas.
Mas nada disso significa que o Apocalipse não tenha importância para nós que não estamos mais no primeiro século. As Escrituras continuamente mostram que eventos passadas e profecias de eventos que já se cumpriram não tinham importância somente para aqueles que viveram na época em que aconteceram, mas que “tudo isto lhes acontecia como exemplo, e foi escrito para aviso nosso…”. (I Co 10.11) Por exemplo, Deus profetizou para Abraão que o povo de Israel seria escravizado pelos egípcios por quatrocentos anos e que depois disso os egípcios seriam julgados por Deus: “Então disse o Senhor a Abrão: Sabe com certeza que a tua descendência será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos; sabe também que eu julgarei a nação a qual ela tem de servir; e depois sairá com muitos bens”. (Gn 15.13-14) Mas a libertação de Israel da escravidão no Egito tinha importância não somente para a geração do Êxodo na qual a profecia se cumpriu, mas tem importância também para os judeus de todas as gerações e também para os cristãos. O juízo de Deus sobre o Egito era um exemplo para todas as gerações do que Deus faz contra povos ímpios. A libertação de Israel da escravidão do Egito é um exemplo para todas as gerações de como Deus liberta o seu povo e salva os oprimidos que clamam por ele. Da mesma forma, as cartas apostólicas do Novo Testamento foram escritas para igrejas específicas do primeiro século, com o objetivo de tratar de problemas específicos pelo qual eles estavam passando. Isso não significa que estas cartas não tenham qualquer valor pra nós agora. Ao contrário, as lições que as igrejas do primeiro século receberam dos apóstolos devem servir de base para todos os homens de todas as épocas. Da mesma forma a maior parte das visões do Apocalipse se cumpriram no passado, mas continuam servindo de exemplo e tendo uma aplicação importante para todos nós.
A verdade é que o Apocalipse seria irrelevante se ele fosse um livro somente sobre os últimos momentos da História do Mundo. Nesse caso, o livro estaria falando de coisas dos quais a Igreja nunca teria ideia do que era até a geração final. A Igreja, até a última geração ficaria a mercê de especulações vazias, sem meios de compreender ao que os símbolos se referem, pois até lá o significado das profecias permaneceriam indecifráveis. O Apocalipse seria irrelevante para todos os cristãos que vivessem antes desta última geração. Mas o Apocalipse é claro. Foi escrito de forma a ser compreendido por seus destinatários originais, “às sete igrejas que estão na Ásia” (Ap 1.4) para “mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer”. (Ap 1.1) e confirmar a esperança dos seus servos em Jesus que “vem com as nuvens” não secretamente como acreditam os pre-tribulacionistas, mas de forma que “todo olho o verá” (Ap 1.7) Como escreveu o Rev. David Chilton: “O Apocalipse fala poderosamente hoje e sua mensagem para nós é a mesma que era fora dada a Igreja primitiva: a de que não há um centímetro quadrado no céu, na terra ou debaixo da terra em que existe paz entre Cristo e Satanás”.

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