Em quase todas as traduções bíblicas, nos textos de Levítico 11:13-19 e Deuteronômio 14:18, encontramos instruções do profeta Moisés sobre alimentação, e lemos que o morcego é classificado como ave.
Onde encontramos ave/pássaro, o termo hebraico é “ôwph”, que significa cobrir e voar. A palavra define criaturas aladas, que poderiam ser pássaros ou insetos com asas.
E em Levítico 11:19, para a palavra morcego encontramos o termo hebraico “atalleph”. O verbete explica que a definição é incerta. Isto é, os tradutores não têm certeza absoluta que a criatura voadora mencionada por Moisés seria especificamente o morcego. Assim sendo, uma tradução mais correta de “atalleph” seria “criaturas voadoras”.
A definição que encontramos em Levítico e Deuteronômio não é pré-científica. Moisés escreveu esses livros por volta de 1400 antes de Cristo. Ora, o morcego só passou a ser classificado como mamífero a partir de 1735, quando Carl Von Linné publicou “Systema Naturae”, onde tratava dos reinos animal, vegetal e mineral, agrupando os seres vivos em classes, ordens, gêneros e espécies.
Para os antigos, o morcego era considerado uma ave, uma vez que toda criatura que voasse era classificada como “ave”. Sendo essa a categoria que eles usavam, então estavam corretos. Hoje a Ciência moderna classifica o morcego como animal mamífero. Portanto, é ignorância dizer que a Bíblia está errada, pois o sistema moderno de categorização é muito diferente do bíblico, que foi escrito muitos séculos antes da ciência criar o método taxonômico.
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